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domingo, 8 de janeiro de 2012

Moradores reclamam de 'casa de barro' feita pelo governador do PSDB em SP


Toda vez que chove, a autônoma Leandra Aparecida Pereira, 31, e os três filhos já sabem: os móveis têm que ser arrastados e os rodos devem estar por perto.

Desde que se mudaram para uma casa popular no Jardim Santa Bárbara, em Franca (SP), há oito meses, o problema é o mesmo: a água escorre do forro e desce pelas paredes de todos os cômodos.

A mesma situação é vivida por todos os 15 moradores.As casas, entregues pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) a 72 famílias em maio do ano passado, ficam em uma área sem asfalto.


A reportagem  da Folha constatou goteiras, rachaduras, trincas, vazamentos, pias soltas, umidade e bolor nas paredes, forro solto e até a falta de muros de arrimo. "Fizeram casas de barro e nós estamos pagando. É uma falta de respeito", afirmou a sapateira Rosimary Cruz de Souza, 39.

O autônomo Cosmiro Leonardo dos Santos, 42, disse que pensa em voltar a morar em seu antigo barraco de tábua, no Jardim Cambuí.

"Onde eu morava era muito melhor. Não tinha água, mas também não tinha vazamento, piso solto", afirmou.

Na quadra em que mora, na rua Maura da Silva Santana, todas as casas ficam alagadas durante a chuva.

RIBEIRÃO
Moradores de casas da CDHU em Ribeirão Preto (SP) mostram vazamento de esgoto

O drama dos moradores de Franca é semelhante ao vivido por quem se mudou para o Paulo Gomes Romeo, em Ribeirão Preto, há 11 meses.

A reportagem percorreu 23 casas da primeira etapa do conjunto e, em 20 delas, foram constatados ao menos um problema. Todas têm rachaduras e infiltrações e em nenhuma as janelas fecham.

Pela falta de segurança, a auxiliar de cozinha Clarinda Duarte Rosa, 51, pediu demissão para cuidar da filha. "Já tentaram entrar em casa três vezes", afirmou.

A dona de casa Cristiana Camargo, 30, improvisou um balde embaixo da pia da cozinha por causa de vazamentos desde a mudança.

No banheiro da casa do vigilante José Bento Ramos, 53, a água escorre para o corredor, em vez do ralo. "Tem que tomar banho usando o rodo", afirmou. O mesmo problema ocorre em outras cinco casas. Na Folha


E já que as casas construidas pelo PSDB não prestam... Dilma e Alckmin têm acordo para financiar casa popular


A presidente Dilma Rousseff e o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fecharam uma dobradinha para desemperrar os programas de construção de moradias populares no Estado de São Paulo.

A ideia é enxugar o papel desempenhado hoje pela CDHU, a estatal paulista de habitação, e reforçar no Estado o programa federal Minha Casa, Minha Vida.

Com isso, espera-se elevar para 97 mil o número de moradias construídas deste ano até 2015.

 Pelo acordo, Alckmin complementará com R$ 20 mil o valor unitário previsto para construção de casas destinadas a famílias com renda inferior a R$ 1.600 mensais.

Com isso, o custo dos apartamentos passará de R$ 65 mil para R$ 85 mil.

Hoje, as construtoras reclamam da dificuldade de levar adiante projetos habitacionais nas grandes cidades do Estado de São Paulo com o limite de gasto de R$ 65 mil por unidade.

METAS

Segundo informação da secretaria estadual de Habitação, a meta programada pelo governo federal para o Minha Casa, Minha Vida 1 para atendimento de mutuários com renda familiar inferior a R$ 1,6 mil era de 70 mil unidades. Mas apenas 13 mil casas foram entregues.

Na semana passada, durante reunião de secretariado, o governador elogiou a política habitacional do governo federal, pregando mudanças na do Estado.

A avaliação é que apenas com a construção de casas a cargo da CDHU não será possível minimizar o deficit habitacional de São Paulo.Por isso, Alckmin determinou aos auxiliares a revisão do modelo estadual.


Aproximação de SP com Planalto preocupa aliados


A aproximação de Geraldo Alckmin e Dilma Rousseff provoca desconforto tanto no PSDB quanto no PT.
Aliados acreditam que os dois podem ganhar pontos com o público, mas temem que isso confunda os eleitores no próximo embate político entre os dois partidos.Além da parceria na área habitacional, o tucano fez acordos para associar programas estaduais às maiores vitrines da administração petista: o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e o Bolsa Família.

2 Comentários:

Luis R disse...

Opus dei opus tiro.

Anônimo disse...

A MEU VER O GOVERNO DEVERIA,VIA CEF,CREDENCIAR ENGENHEIROS CIVIS QUE FORNECERIAM UM ATESTADO AO FINAL DE CADA UNIDADE CONSTRUÍDA.1) AS PREFEITURAS ,NA MAIORIA ,NÃO POSSUI PESSOAL CAPACITADO E IDONEO PARA ATESTAR A QUALIDADE DA OBRA.2)ESSE ENGENHEIROS DEVERIAM RECEBER DA CEF POR UNIDADE ATESTADA.ESSE PAGAMENTO DEVERIA FAZER PARTE DO FINANCIAMENTO.ISTO PORQUE O PESSOAL POBRE PODE TER UMA PRESTAÇÃO AUMENTADA EM 10,00 REAIS DURANTE 20 ANOS,MAS NUNCA TEM DINHEIRO PARA CONSERTAR UMA CASA MAL CONSTRUIDA.

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